sexta-feira, 30 de junho de 2006

A natureza (por vezes) espectacular

Noite de São Pedro, o céu de Zurique é iluminado por uma trovoada tão espectacular quanto inesperada.
Ao centro da imagem está precisamente a igreja de S. Pedro, à sua esquerda, a de Fraumuenster e mais à esquerda, em destaque, Predigerkirche.
Apache, Junho de 2006

terça-feira, 27 de junho de 2006

Mais um que nos diverte...

Logo após o término do jogo dos oitavos de final do “Alemanha – 2006”, entre as equipas da Holanda e de Portugal, o dirigente máximo da FIFA, Joseph Blatter veio a público criticar a arbitragem nestes termos…
“Acho que a arbitragem mereceu um cartão. Ivanov mostrou 16 amarelos e quatro vermelhos, impedindo o que teria sido um excelente espectáculo de futebol. Ele não entrou no espírito do jogo. Com as suas intervenções pouco justificadas, não esteve à altura dos jogadores. O jogo foi um combate muito intenso entre duas equipas que queriam jogar ao ataque, mas que não foram ajudadas pelo árbitro”.
“Acho que a arbitragem mereceu um cartão.” Calma, o Ivanov só faz anos daqui a uma semana, tens tempo de lhe dar os parabéns!
“Ivanov mostrou 16 amarelos e quatro vermelhos, impedindo o que teria sido um excelente espectáculo de futebol.” Queres dizer, um excelente espectáculo de luta-livre!
“Ele não entrou no espírito do jogo.” Bem observado. Deve ter sido o único em campo (além dos árbitros auxiliares) que não agrediu ninguém!
“Não esteve à altura dos jogadores.” Tens de reconhecer que não era fácil atingir um nível tão baixo!
“ O jogo foi um combate muito intenso entre duas equipas que queriam jogar ao ataque, mas que não foram ajudadas pelo árbitro”. Ora aqui está, este árbitro não ajudou nada o combate! Sugiro que o próximo jogo de Portugal, frente à Inglaterra seja arbitrado pelo Mike Tyson!
Já agora, aproveito para deixar alguns conselhos…
Ó Zézito, o Sr. Valentin Ivanov tem quase 45 anos, é árbitro internacional há 7 anos e é considerado um dos melhores da actualidade. Além disso, é teu empregado, mesmo que se pudesse considerar menos feliz a sua actuação neste jogo, competia-te vir a público defendê-lo, não crucificá-lo. As tuas declarações são tão ridículas, quanto infundadas. Apenas explicáveis pelo teu ódio visceral à Federação Russa de Futebol, desde que aquele organismo esteve na origem das investigações que decorrem há mais de dois anos, por fortes suspeitas de corrupção que pesam sobre ti e sobre outros destacados dirigentes da FIFA. O teu tempo acabou, está na hora de calçares as pantufas e te sentares no sofá da mansão paga pelos subornos da ISL!
Ó menino Ronaldo, um homem chora quando perde um familiar, um amigo, uma namorada, até um simples jogo de futebol. Mas um homem jamais chora por uma dor física, mesmo que seja só para as “pitas” verem. Há figuras que não se devem fazer, por mais que os “maricas” estejam na moda!
Ó vovô Iscolári, sê vai pidir a despenalização do Deco “por uma questão di Fair Play”? Péde também a penalização do Figo e do Nuno Valente, pela mesma razão, tá!
Ainda um pequeno comentário ao jogo…
Por uma questão de “Fair Play” não festejei a vitória de Portugal, tenho vergonha na cara! Eu gosto mesmo, é de futebol!!!
P.S. Soube-se entretanto de fonte segura que a Al-Qaeda pretende comprar milhares de cópias do vídeo do jogo para ser usado nos treinos dos operacionais.
Apache, Junho de 2006

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Por A + B

Aqui está então uma pequena demostração de como o Ministério da Educação fez "desaparecer" mais de 1500 vagas do Concurso de Professores, só nos Quadros de Zona Pedagógica.
O exemplo apresentado, refere-se apenas a um dos 33 grupos de recrutamento.
Os dados aqui apresentados foram recolhidos no "site" da DGRHE em:

Apache, Junho de 2006

quinta-feira, 15 de junho de 2006

A jóia de pechisbeque!...

No passado dia 2 de Junho, o Ministério da Educação publicou no “site” da Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE), as listas de colocações do concurso para educadores e professores do 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário referentes a 2005/2006. No dia seguinte, o Primeiro-ministro congratulou-se publicamente com a forma como decorreu o concurso, afirmando que foi o mais rápido de sempre, decorrendo sem os erros dos últimos anos. Idênticas declarações foram sistematicamente repetidas pela titular da pasta da educação. A entidade responsável pelo concurso, a já citada DGRHE foi distinguida com uma Menção Honrosa do Prémio Fernandes Costa, atribuído anualmente pelo Instituto de Informática do Ministério das Finanças e da Administração Pública, e seleccionada para a final da 4ª edição do prémio Deloitte – Diário Económico “Boas Práticas no Sector Público”, na Categoria II, com o projecto “Concurso de Docentes 2005/2006”.
Acontece porém que, só nos Quadros de Zona Pedagógica, uma das vertentes do concurso, desapareceram mais de 1500 vagas! Existem também denúncias do desaparecimento de vagas nos Quadro de Escola, em número ainda por determinar. O concurso efectua-se por recuperação automática de vagas, isto é, se um docente sair de um determinado quadro (de escola ou de zona) para outro e a vaga não tiver sido declarada negativa no aviso de abertura, é colocado outro docente no lugar deixado vago, ora neste concurso, apenas uma pequena parte das vagas deixadas quando os docentes saíram de um quadro foram efectivamente ocupadas por outros, tendo milhares delas desaparecido misteriosamente. Será esta ilegalidade erro da actual empresa de informática que concretizou o projecto?! Terá resultado de decisão política da tutela?! Ninguém o sabe, tem a palavra a Inspecção-Geral de Educação e, se necessário, os Tribunais Administrativos. Caso se trate de mais um erro informático, fica a pergunta, quantos mais haverá? Se tal resultou de uma decisão política, estamos perante a maior e mais grosseira ilegalidade cometida pelo Ministério da Educação em todos os concursos públicos. Uma ilegalidade que impediu milhares de docentes dos quadros, de melhorarem a sua situação, aproximando-se da residência e, muitos contratados de acederem aos quadros. É impossível dizer quantos são os lesados, mas tratando-se do desaparecimento de mais de mil e quinhentas vagas e, tendo em conta o "efeito dominó", poderão ter sido afectados dezenas de milhar de docentes.
Apache, Junho de 2006

sábado, 10 de junho de 2006

"A cantiga do campo" - Madredeus

[Os, há época, ainda novinhos "Madredeus", ao vivo]

Porque andas tu mal comigo ó minha doce trigueira, quem me dera ser o trigo que andando pisas na eira. Quando entre as demais raparigas vais cantando entre as searas, eu choro ao ouvir-te as cantigas que cantas nas manhãs claras. Por isso nada me medra, ando curvado e sombrio, quem me dera ser a pedra em que tu lavas no rio. E falam com tristes vozes do teu amor singular, aquela casa onde coses com varanda para o mar. Por isso nada me medra, ando curvado e sombrio, quem me dera ser a pedra em que tu lavas no rio!"
A cantiga do campo - Gomes Leal

domingo, 4 de junho de 2006

Da dignidade de uns à prepotência de "outros"...

Ao colega Braga Maia, Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Inês de Castro (Coimbra) e à equipa que lidera, apresento público apreço e solidariedade, pela coragem e dignidade profissionais que os levaram à demissão em bloco da Direcção Executiva do Agrupamento, na sequência da apresentação pelo Ministério da Educação da proposta de alteração do Estatuto da Carreira Docente e das infames ofensas públicas que a Sr.ª ministra dirigiu aos docentes. A Direcção Executiva representa o Ministério da Educação junto da Comunidade Educativa. Pergunto, quem, sendo digno profissional na área da educação pode estar disponível para representar a prepotência, a difamação, a mentira, o insulto, a manipulação? Ainda que por cobardia, mais ninguém demonstre igual nobreza de atitude, aos colegas demissionários, em meu nome e no de muitos colegas com quem tenho contactado, agradeço orgulhosamente… Obrigado colegas, por esta lição de dignidade! Quanto à tão badalada proposta de alteração do ECD, não merece o meu comentário! Aos sindicatos pseudo-representativos da classe, que alegadamente negoceiam a proposta, deixo uma modesta opinião… O respeito e a dignidade dos professores não são negociáveis! A todos os colegas, deixo uma pergunta… Quantas mais afrontas estamos dispostos a tolerar, até que da indignação se faça acção? À Sr.ª ministra, não digo, mas apetecia-me dizer... A demência é tratável, não tolerável!
Apache, Junho de 2006